Legislação trabalhista precisa se adaptar às novas tecnologias

No Brasil, se a carteira de trabalho fosse uma pessoa, ela seria homem branco mais velho do Centro-Sul. Essa fotografia –uma sobreposição de desigualdades– está descrita no livro recém-publicado “Extremos” (Cia das Letras), do economista Pedro Fernando Nery, diretor de Assuntos Econômicos da Vice-Presidência da República. É um retrato das informações sobre desemprego e informalidade no país.

No primeiro trimestre de 2024, a taxa de desemprego foi de 7,9%, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), apesar de o mercado formal ter aberto 719 mil novas vagas, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

O país registrou também 39 milhões de trabalhadores informais no terceiro trimestre de 2023. O número equivale a 39,1% da população ocupada do país. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Essa relação entre mercado de trabalho, empreendedorismo e trabalho informal apresenta desafios e oportunidades que exigem adaptações e novas políticas públicas.

As rápidas mudanças tecnológicas dos últimos anos têm funcionado como alavancas que impulsionam o trabalho informal e o empreendedorismo – quase sempre, sem garantia de direitos trabalhistas – e, muitas vezes, expandem o desemprego. Ao mesmo tempo, as novas tecnologias podem ampliar as possibilidades de obtenção de renda.

Matéria completa: Folha de S. Paulo

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