“Reforma trabalhista fez cair o desemprego”, diz Temer à CNN

Patrocinador da reforma trabalhista, o ex-presidente Michel Temer enfrentou uma oposição ferrenha para dar vazão ao projeto. Divulgada na semana passada, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a Pnad Contínua, apontou o nível de 7,5% de desempregados no Brasil em abril — menor índice em dez anos para o trimestre. Em entrevista à CNN, Temer afirma que os resultados têm relação com a reforma aprovada em 2017.

“As pessoas pensam que se faz uma reforma hoje e o resultado aparece no dia seguinte. Passados alguns anos, vemos o emprego de formalizando. Não tinha lei protegendo o empregado e o empregador”, afirma o ex-presidente. “A reforma de fato fez cair o desemprego”, diz ele. “As reformas são assim, demoram para surtir efeitos concretos”, defende. “Hoje, a criação de empregos responde positivamente”.

Segundo o ex-presidente, o governo enfrentou resistência para aprovar um tema sensível como a reforma trabalhista. “Os sindicatos gritaram muito por causa do fim imposto sindical obrigatório, muitos não queriam — mas afirma que, por meio do diálogo com empregados, empregadores e centrais sindicais, “não houve sequer uma greve de trabalhadores”, afirma.

“Temos a mania de jogar o empregado e o empregador contra. Autorizamos a prevalência do acordado sobre o legislado, que é maneira central de harmonizar as leis”, diz Temer.

Relembrando a aspereza do tema, Temer foi indagado pela CNN sobre as dificuldades apresentadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva em relação à articulação política junto ao Congresso Nacional e a iniciativa de Lula de aproximar-se das lideranças no Legislativo.

“É necessário respeitar e cumprir a Constituição. Quem governa não é só Executivo, mas o Executivo e o Legislativo em conjunto. Eu tinha essa compreensão e trouxe o Legislativo para o meu lado”, diz Temer. “Quem faz a grande articulação política é o presidente da República. Pode até ter um articulador político, mas precisa estar na linha de frente”, afirma o ex-presidente.

Fonte: CNN Brasil

Accessibility