Grupos de procuradores do Ministério Público do Trabalho (MPT) têm monitorado publicações e denúncias que envolvem algum tipo de coação eleitoral a funcionários. Desde antes do primeiro turno há uma série de acusações sobre atos que vão desde ameaça de demissão ou pagamento de bônus, a depender do resultado da eleição.
O MPT ainda não tem um levantamento nacional das denúncias que recebeu, mas Adriane Reis, coordenadora nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades (Coordigualdade) do MPT, afirma que notou um aumento de denúncias com a aproximação da votação de domingo passado, e que se preocupa com a possibilidade de avanço deste tipo de prática com a chegada do segundo turno.
— Isso é crime eleitoral. Tem muita gente que acha que o fato de dizer que vai pagar uma bonificação num contrato de trabalho estaria fora dessa hipótese do crime. Se eu estou vinculando, eu tenho duas situações: a campanha eleitoral dentro do ambiente de trabalho, que já não pode, e o uso de uma ferramenta que, por último, se configura compra de votos — diz Adriane.
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