Enquanto caminhava entre as cabines das 78 empresas que recrutavam recém-formados na Universidade Renmin, em Pequim, em 30 de março, as esperanças de Chen Jun* de encontrar o emprego ideal diminuíam.
“Há muitos poucos empregos adequados”, disse Chen. Formado em economia, ele entregou só quatro currículos no evento, que oferecia mais de 500 vagas de emprego.
Yang Yanlin*, pós-graduado em gestão econômica de agricultura, também ficou decepcionado com o evento. “Há opções de trabalho limitadas para minha especialidade, e as coisas não vão bem”, disse.
Chen e Yang estão entre os 10,76 milhões de estudantes chineses que deverão deixar os campi de faculdades este ano, o maior grupo de formandos na história da China e 1,67 milhão a mais que no ano passado, segundo o Ministério da Educação.
Eles tentam iniciar carreiras em um dos mais duros mercados de trabalho dos últimos anos. A segunda maior economia do mundo enfrenta crescentes incertezas de crescimento devido à pandemia de Covid-19, os riscos geopolíticos e a reestruturação industrial interna. Inspeções regulatórias e a contração do mercado em setores que incluem internet, imóveis e educação obrigaram os empregadores a cortar custos e reduzir seu tamanho, limitando o recrutamento. Ao mesmo tempo, a inadequação entre as exigências do mercado de trabalho e as qualificações de muitos formandos se torna cada vez mais clara.
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